sexta-feira, 30 de maio de 2014

Resenha: Apelo as Trevas

"O que eu quero dizer, é que cada um de nós tem seu vício. Uma coisa fundamental para nós, uma coisa que nos define, de certa forma. Essas são as coisas que nos mantêm vivos, que tornam a vida tolerável. Cigarros, livros, bebidas, álcool e sexo. Nós somos isso." 
 Angie Gennaro - Apelo as Trevas


Essa resenha é curta, faz um bom tempo que li o livro e não tenho ele em mãos, por isso se estiver  algo errado, peço desculpas. Esse é segundo livro protagonizado pelo casal de detetives Patrick Kenzie e Angie Gennaro, dessa vez a violência retrata por Lehane está mais presente é bem mais forte. Sangue, escuridão e medo são as palavras chaves para definir Apelos as Trevas, na edição brasileira as bordas das páginas são todas em vermelho. A dupla é contratada por uma psiquiatra para investigar o porque dela e seu filho um jovem universitário, estão sendo vigiados pela máfia irlandesa. É umm caso tedioso de se investigar já que Kenzie tem que ficar assistindo as únicas coisas que o jovem faz;  transar em plena universidade e fumar, saindo de vez em quando para outros lugares. Enquanto isso um serial killer está matando vitimas inocentes das maneiras mais macabras e horripilantes. E a medida que avançam na investigação do caso, as pistas levam os dois detetives para o caminho das trevas do serial killer, o roteiro é daquele jeito único que só Lehane proporciona.

Os sentimentos dos personagens são mais fortes, o medo que o serial killer proporciona, Kenzie com os pensamentos de sua infância difícil (os conflitos com seu pai, assim como em "Um Drink Antes da Guerra") e  Angie com seu amor duvidoso pelo atual marido. A insanidade do serial killer e seu vicio por matar pessoas proporcionam ao leitor  ter os mesmos sentimentos que Kenzie e Gennaro sentem. Na minha opinião Apelo as Trevas merece todas estrelas, recomendo  e muito livro. Para mim o melhor da serie dos seis livros Kenzie-Gennaro.  

versão americana

Deixo essa musica dos Stones, que toca em uma jukebox, no momento que Kenzie entra em um bar: 


domingo, 25 de maio de 2014

Resenha: Minha Querida Sputinik - Haruki Murakami

"Então me ocorreu que, apesar de sermos companheiras de viagem maravilhosas, no fundo, não passávamos de duas massas solitárias de metal em suas próprias órbitas separadas. A distância, parecem belas estrelas cadentes, mas, na realidade, não passam de prisões, em que cada uma de nós está trancada, sozinha, indo a lugar nenhum. Quando a órbita desses dois satélites se cruzam, acidentalmente, podemos estar juntas. (…) Mas só por um breve momento. No instante seguinte, estaremos na solidão absoluta. Até nos queimarmos completamente e nos tornarmos nada.”
 Minha Querida Sputinik - Haruki Murakami 



"As I write this letter
Send my love to you
Remember that I'll always
Be in love with you.."  P.S. I Love You - The Beatles

Murakami sempre cita os Beatles em seus livros, e pensei em uma música dos ingleses de Liverpool para definir  o romance do livro. Acho que seria "P.S. I Love You", quem leu o livro vai entender que essa música, principalmente esse trecho se encaixa perfeitamente.

Minha Querida Sputnik


Os livros do autor japonês Haruki Murakami são caracterizados por terem protagonistas solitários que vivem em um universo surreal muitas vezes próprio deles e que buscam um relacionamento onde exista um amor reciproco e sólido. Além de outras características, uma Japão urbano repleto de bares de jazz, cafés, referencias culturais do ocidente, referencias sexuais, referencias musicas do jazz, rock principalmente aos Beatles, é bom lembrar que uma de suas obras de maiores sucesso Norwegian Wood é o mesmo nome de uma música da banda inglesa. Na minha opinião a palavra que mais caracteriza a narrativa de Murakami é; Surrealismo. E é esse surrealismo que só Murakami proporciona, que sempre faz o leitor ficar fascinado e se surpreender. Sendo assim o livro Minha Querida Sputinik ganha um aspecto especial e original. O que vale destacar nesse livro é força e o valor da amizade


Em Minha Querida Sputinik, Murakami conta a história de amor entre duas mulheres com vidas completamente diferentes. Sumire é uma jovem de 22 ou 23 anos (não lembro bem) que ainda não teve a experiência de um ter um relacionamento sério, ou até mesmo se apaixonar por alguém. Tem como melhor amigo quase inseparável um jovem chamado "K." que é apaixonado por ela, ele tinha esperança que um dia seu amor ia ser correspondido, mas ele logo se conforma que só vai ter a amizade. Isso porque Miu, uma empresaria perto dos 40 anos aparece na vida de Sumire como um tornado, mudando o destino da jovem solitária completamente. Segundo a própria Sumire, Miu surge como uma tempestade devastadora na sua vida.

O livro faz várias referencia ao movimento beatnik, pelo qual a jovem é fã e que o famoso escritor Jack Kerouac introduziu a fase "Geração Beat".


 
Versão americana

"Por que as pessoas tem que ser tão solitárias? Qual é o ponto de tudo isso? Milhões de pessoas no mundo, todos eles anseiam, olhando para os outros para satisfazê-los, mas isolando-se. Por quê? A Terra foi colocada aqui apenas para nutrir a solidão humana? "

 É por Miu que Sumire sente algo que nunca sentiu na sua vida, o amor pelo qual ela sempre esperou e desejou, sem muito dinheiro e adepta da vida simples, deixa seu lado beat para trás e aproveita cada momento da sua vida com viagens pela Europa, a experiência homossexual, e momentos de surrealismo ao lado de Miu. Sumire manda cartas e faz telefonemas para K. contando todos seus acontecimentos com Miu, dessa forma ele vai narrando-os no livro. Miu diferentemente de Sumire, é rica e vive em uma vida cheia de glamour, tem todo um mistério por trás dela, apesar de ter relações  com Sumire ela não sente mais afetividade por ninguém devido um segredo guardado há anos.


Quer saber mais? leitura recomendada, livro pequeno que finalizei em dois dias. 

FAR CRY 4, a insanidae voltou! (ou não)


 

Mês de maio recebemos a excelente notícia da  continuação de umas das melhores franquias de jogos FPS, FAR CYR, o quarto jogo desenvolvido pela Ubisoft será lançando em novembro. Se FAR CRY 3 leva o jogador a uma ilha paradisíaca repleta de animais selvagens como ursos, tigres, leopardos, dragões-de-komodo entre outros animais selvagens e silvestres,  além piratas que realizam trafico de pessoas comandados pelo insano Vass Montenegro. Você tem um vasto arsenal de armas para combate-los e salvar seus amigos do trafico.

  "Eu já te contei a definição de insanidade?"


O jogo simplesmente me deixou fascinado,  joguei a versão para computador e a beleza do gráfico, a sensação de estar em contato com a natureza e a quantidade de missões  para fazer,  além explorar o mapa em busca de cartas perdidas e relíquias que vão valer recompensas a medida que você coleta, o jogo é muito bom!



 


 




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O quarto jogo dessa leva ao Himalaia, um povoado que vivia em paz até chegar um ditador chamado Clodovil Hernandes e impor seu regime de autoritarismo. Brincadeiras a parte, acho que ainda não foi divulgado o nome dele, mas provavelmente tem uma mente psicopata, que não dever  chegar nem perto da mente Vass... posso até estar enganado, mas é difícil existir uma pessoa mais insana do que Vass, resta esperar o lançamento de Far Cry 4  para saber se a insanidade vai estar de volta ou não.

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terça-feira, 20 de maio de 2014

Resenha - Um Drink Antes da Guerra (Kenzie e Gennaro #1)

Um drink antes da guerra Versão brasileira traduzida pela Companhia das Letras e fiel ao titulo original americano.

"Preciso de álcool.”

Devin se levantou e jogou algumas moedas na mesa. “Vamos, crianças.”

Levantei-me. “Para onde?”

“Tem um bar aqui perto. Deixe-me pagar um drinque antes da guerra.”


 
Versão original americana

O começo da melhor dupla de detetives de Boston (ou até dos EUA) Kenzie-Gennaro, que somam no total de seis livros. A narrativa em primeira pessoa do escritor americano Dennis Lehane que está presente em todos eles  prende o leitor, outro elemento importante são as frases marcantes de Patrick Kenzie e sua parceira Angie Gennaro pela qual Kenzie é apaixonado. Em várias referencias musicais conhecemos o estilo de cada, Angie é bastante sentimental, é fã do rock da banda britânica The Smiths e a americana Pear Jam, enquanto que Kenzie adota um estilo mais sarcástico e em várias referencias percebemos seu grande gosto musical pelo rock dos Rolling Stones. Assim como filmes, Angie já assistiu várias vezes Apocalipse Now e adora a grande performance de Marlon Brando no papel do insano Coronel Walter E. Kurtz.


Em "Um Drink Antes da Guerra", a dupla é contratada por políticos do senado de Boston para investigar um suposto desaparecimento de uma mulher com arquivos que contém um segredo que pode mudar de vez a política bostoniana. Kenzie deixa claro seu ódio pela pela política e seus representantes, na primeira conversa sobre o caso, o detetive solta várias indiretas para os políticos e no meio da história algumas frases humorísticas.  

"Eles são políticos, no dia em que falarem toda a verdade, as putas vão dar de graça." Patrick Kenzie - Um Drink Antes da Guerra


A medida que o caso vai se desenrolando, a dupla é  envolvida em uma guerra de gangues rivais. E o leitor logo percebe que a mulher desaparecida com os arquivos e a zona de guerra em pleno funcionamento não são os maiores problema dos dois, são apenas a ponta do iceberg. 

Outra coisa que gostei foi a capa brasileira feita pela editora Companhia das Letras, ficou melhor que a original americana, outra característica é que a capa tupiniquim ficou mais fiel a história, podemos ver o arquivo misterioso na imagem, não vou falar mais para não contar spoiler. Além disso, a editora traduziu direitinho o titulo, o que é raro. Enfim vou ser breve... o livro é excelente, recomendo e muito a leitura.